quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Autismo: Grupo de Mães em Nova Russas Ajudam-se Mutuamente para Conseguirem Viver com a Condição ou a Deficiência de seus Filhos

Mãe Cria Grupo para Ajudar Outras Mães

Primeiro Evento do GRUPO ESPECIALMENTE MÃE. Desfile Cívico do Município.

Lígia Rezende uma jovem mãe de Nova Russas deixou os questionamentos sobre o que acontecia com o seu filho e foi buscar respostas para entender por quê seu pequeno havia mudado drasticamente, pois até um ano e meio de idade era uma criança alegre, brincalhona e extrovertido e  já estava falando praticamente tudo, gostava de imitar as pessoas, de repente tudo mudou...

" Ele parou de falar, chorava muito com a mãozinha na cabeça,como se tivesse com uma dor de cabeça insuportável, no fundo em sabia que estava acontecendo algo diferente com meu filho" (Lígia Rezende)

Lígia Rezende seu filho
João Levi
A Jovem mãezinha não cruzou os braços, abriu mão de emprego de sua carreira, formada em administração abandonou seus sonhos para se dedicar a conhecer a fundo o problema do seu filho, que ainda não havia sido diagnosticado, e apesar das dúvidas e incertezas não se deixou abalar com esses sentimentos que estavam  matando-a  por dentro por conta de tantas coisas que aconteciam em sua vida, precisava saber o que acontecia com seu filho. 

Lígia começou a saga por respostas, pesquisou procurou especialistas, levou seu filho para muitos médicos e enfim o diagnóstico foi possível, seu pequeno era autista, um tipo de autismo infantil, de acordo com o especialista  com o acompanhamento correto o seu filho poderia ter uma vida normal.

Após o diagnóstico essa mãe mais do que nunca procurou proporcionar ao seu filho tudo que estivesse ao seu alcance para que ele tivesse o tratamento adequado com todos os especialista que o ajudariam, não mediu esforços apesar das dificuldades financeiras, não parou de pesquisar, estudar, buscar conhecimento que a ajudasse a lidar com essa realidade, descobriu que o problema de seu pequeno não era doença, seu filho era especial não por conta da sua condição, ele é especial por quê ele é seu filho amado.

"Acho que o que me ajudou a seguir e ter forças foram as pesquisas, estudar sobre o assunto, entrei em grupos em vários lugares do Brasil, as pessoas me viam e me perguntavam o que eu fazia  e começaram a me pedir ajuda e conselhos."(Lígia)

O GRUPO ESPECIALMENTE MÃE.

Símbolo do Grupo Especialmente Mãe.

Um certo dia no pátio da Instituição que seu filho faz acompanhamento com profissionais de psicologia, fonodialogo e terapia ocupacional, aguardava com outras mães e conversando com duas mãezinhas sobre seus respectivos filhos e sobre suas rotinas, ela perguntou se não seria legal criarem um grupo no whats app para continuarem trocando suas experiências para que elas pudessem ajudar-se umas as outras.

Assim surgiu o grupo Especialmente Mãe, que vem crescendo com mães que cuidam diariamente de crianças que necessitam de um cuidado especial, o grupo é voltado para mães de crianças especiais independente da sua condição, seja autista, sindrome de dow ou deficiência física e mental. As integrantes do grupo discutem sobre seu dia, seus medos, suas dúvidas, de acordo com Ligia o grupo ajudou muitas mães a lidar com determinadas situações do dia a dia.

Lígia foi a idealizadora do grupo mais o grupo começou somente com 04 integrantes, ela, Ana Paula Cavalcante, Ana Paula Veras e Érica. Após criado o grupo começou a convidar as mamães na fila de espera dos atendimentos de seu filho, muitas aceitavam prontamente outras não e hoje as pessoas a procuram pedindo para participar do grupo.

AUTISMO A DESCOBERTA.

O autismo foi descrito pela primeira vez em 1943, nos Estados Unidos, pelo médico austríaco Leo Kanner. Em 1944, Hans Asperger, também médico e austríaco, descreveu na Áustria os sintomas de autismo de maneira muito semelhante à de Kanner, mesmo sem ter havido nenhum contato entre eles. Em 18 de outubro de 1961, no Reino Unido, Helen Allison falou ao programa “Women’s Hour” da BBC de Londres sobre Joe, seu filho com autismo.

Apesar de o autismo ser praticamente desconhecido na época, a entrevista de Helen provocou um tremendo impacto: ao término do programa seguiu-se um mar de cartas de pais que identificaram, em seus filhos, os mesmos sintomas descritos por Helen.

A conscientização gerada pela entrevista fez com que pais se reunissem na casa de um deles e, no início de 1962, fundassem a primeira associação no mundo de pais de crianças com autismo, a National Autistic Society. A NAS começou estabelecendo três objetivos principais: abrir uma escola para crianças com autismo, uma residência para os adultos e criar um serviço de informação e apoio para outros pais.

Em 14 de fevereiro de 1963, os pais fundadores da NAS decidiram dar à associação uma marca. Concordaram que a melhor tradução do autismo para a sociedade seria uma peça de quebra-cabeça. Portanto, em 2013, quando fará exatamente 70 anos que o autismo foi descoberto por Kanner e 50 anos que a NAS escolheu a peça do quebra-cabeça como símbolo, a AMA comemorará os 30 anos de sua fundação e de uma história muito parecida à da NAS e muitas outras associações congêneres no mundo. (Retratos do Autismo no Brasil, 2013).

FONTE:












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