sexta-feira, 27 de setembro de 2019

UMA HISTÓRIA DE AMOR COM A MÚSICA: JOVEM DE TAMBORIL LUTA PARA VIVER DA ARTE DE TOCAR SANFONA, AS DECEPÇÕES E DIFICULDADES IMPOSTAS PELA VIDA NÃO A IMPEDIRAM DE SEGUIR OS PASSOS DO PAI.


SUELY RODRIGUES, UM SONHO DEIXADO DE HERANÇA  POR SEU PAI, QUE TRABALHAVA NO CONCERTO DE  SANFONAS.



Suely Rodrigues Araújo uma jovem mulher cheia de sonhos e batalhadora, vive uma história de Amor com a música, mesmo não tendo sido ainda conhecida e reconhecida por seu talento, traz consigo uma história e uma carreira de lutas e batalhas tentando se firmar para conseguir seu lugar ao sol, ou quem sabe seu lugar junto as estrelas.

De família humilde, Suely nasceu em uma localidade chamada Piranha, na zona rural de Tamboril, que é um município brasileiro do estado do Ceará, localizado na  Microrregião do Sertão de Crateús a 286 km da capital Fortaleza. Segunda filha do casal  Firmina de Sousa e Francisco Alves, cresceu na humildade do interior, vendo o seu pai e sua mãe trabalharem para criar ela e seus irmãos. O seu pai ( IN MEMÓRIA),  para complementar a renda da família trabalhava fazendo concertos de rádios e sanfonas, e como também tocava arriscava-se nos acordes da sanfona quando pegava alguma para concertar.



A pequena Suely aos 12 anos se interessou por aquele instrumento que deixavam para seu pai concertar e quando seu pai permitia ela pegava a sanfona arriscando ela criava as primeiras notas nesse instrumento tão familiar, e assim aprendeu, quando o pai não deixava ela pegava a sanfona escondida e viajava nas notas musicais sonhando em um dia tocar para plateias e multidões.

A menina cheia de sonhos foi se aperfeiçoando e começou a se destacar pelo desempenho com a sanfona, começou a fazer algumas apresentações e foi tendo visibilidade. Infelizmente teve que parar por que não tinha uma sanfona e nem condição de comprar, e foi preciso dá um play no seu sonho por longos 10 anos, mesmo sem tocar a jovem participou de um evento e representou  o seu município em um show  de sanfoneiro como a primeira sanfoneira da região.

Aos 22 anos Suely aprendeu a tocar teclado e foi se aperfeiçoando com mais esse instrumento, dando continuidade de onde tinha parado com mais sede e garra de vencer, e assim foi tocando nos teclados dos outros com muita humildade e determinação, hoje toca sanfona, teclado e canta muito bem.  

Suely  foi chamada  para tocar em um trio  onde o contratante tinha todos os instrumentos como  teclado, sanfona dentre outros, lá ela cantava e segurava as pontas do grupo tocando de 4 ou 6 horas  para ganhar 100,00 reais por noite, sentia-se muitas vezes desvalorizada mas era preciso seguir em busca do seu sustento e de  trabalhar no que gostava, pois era a única mulher sanfoneira e isso chamava atenção por onde passava, além do seu carisma ,sempre muito humilde e acolhedora com seus fãs e amigos.

Seu carisma e o respeito que as pessoas destinavam a ela incomodou alguns em  um certo dia  em uma sexta- feira, preparada para mais uma noite de Show, esperava arrumada o seu grupo vim busca-la, mas ninguém apareceu e foi assim que  ela  foi deixada para  trás sem ser avisada ,sem nenhuma explicação, foi injustamente esquecida. Naquele dia o dono do grupo levou  apenas o vocalista deixando ela em casa sem entender o porquê de tudo aquilo, que explicação para essa decisão se ela era a única sanfoneira e tecladista?

A jovem no auge dos seus 40 anos já sofreu perdas e decepções, foi humilhada e esquecida,  tenta apesar das dificuldades seguir sua carreira, hoje conhecida artisticamente como a Loirinha do Acordeon, mais uma vez passa por provações e obstáculos que entram no seu caminho e são empecilhos para uma talentosa artista continuar buscando seu lugar e seu espaço em um mundo que predominam a figura do homem com uma sanfona nas mãos. 






Para continuar sua carreira ela precisa de um teclado Yamaha 670 que custa em torno de 04 mil reais, e a mesma não  tem condições de comprar esse instrumento.  Então para ajudar a jovem uma prima resolveu fazer uma mobilização e ações para levantar o dinheiro do teclado. Cristiane Sousa preocupada e sensibilizada com as dificuldades da prima em não poder trabalhar no que gosta e seguir sua carreira musical está realizando campanhas como rifas de todos os tipos, levantando brindes para realizar as rifas, fazendo todos os movimentos possíveis para ajudar na compra do instrumento e ajudar a prima a seguir atrás dos seus sonhos. 

Informações como ajudar a Loirinha do Acordeon é só entrar em contato.
Tel:(88) 9 9419 8799.
Caso queira ajudar diretamente é só depositar na conta;
Agencia: 4372
Conta Poupança: 011.192-5
Caixa Econômica
Nome: Cristiane de Sousa Santos.
Sol Rocha

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