sábado, 16 de dezembro de 2017

ADOLESCENTE MORRE EM CONFRONTOS COM POLICIAIS, SERÁ QUE FOI ESCOLHA? MEDIANTE O CONTEXTO SÓCIO HISTÓRICO DA FAMÍLIA?

UMA MORTE PREMATURA, POR CONTA DE UMA ESCOLHA ERRADA...


De acordo com informações da mídia local o caso aconteceu, nessa sexta feira dia 15 de dezembro na cidade de Ararendá, localizada a alguns quilômetros de Nova Russas, onde Policiais do COTAR( Comando Tático Rural), se depararam com alguns SUSPEITOS,onde em seguida se iniciou uma troca de tiros entre os supostos suspeito e a policia. 

Quando se fala em supostos suspeitos é que não se tem ainda a certeza que as suspeitas são verdadeiras, e que possivelmente não há nenhuma confirmação do ocorrido, a não ser o triste histórico de atos infracionais cometidos pelo jovem adolescente.

De acordo com o jornalista MARCÃO DO POVO, do jornal primeiro Impacto do SBT, quando ele faz um comentário sobre um determinado caso que ainda não tem a certeza dos fatos, ele sempre usa a palavra suposta, ou supostamente para que o seu público entenda que ainda não é uma certeza a realidade do suposto crime.

Segundo informação dos policiais, o confronto com os suspeitos  envolvidos acabou com o adolescente conhecido por  “Jorginho” de 14 anos, alvejado e que morreu no local, o corpo do adolescente foi levado ao hospital de Ararendá, e posteriormente, encaminhado ao IML.

A História desse menino que com 14 anos, já era conhecido da policia e da população por ser responsável por delitos cometidos na região, vem de encontro a muitas questões que envolvem ou são responsáveis pela inserção de crianças e adolescentes no mundo do crime. Algo que chama a atenção nessa história é a trajetória de crimes do seu genitor conhecido por Carlito, segundo informações coletadas em sites da região o indivíduo “Carlito” pai, de Jorginho realizou alguns  dos crimes tendo a participação de outro filho, o mais impressionante dos atos desse homem é que provavelmente ele praticava  junto com os filhos dos crimes, inclusive  ele foi preso numa época quando estava em um posto de combustível e repassou uma pistola para uma criança filha do mesmo para tentar escapar da prisão.

Então o que se observa na triste história desse menino que mal havia saído da fase de criança para adolescente que com 14 anos perdeu a vida por conta de escolhas erradas, é que o menino ou resolveu seguir os passos da vida de crime do pai, ou de alguma forma o pai o colocou nessa condição e a criança seguiu esses passos, seguiu esse exemplo com a consciência de que aquilo era normal.



NOTA DA AUTORA:

Normal sim por que essa criança deve ter vivido a sua tão curta vida em meio a crimes cometidos pelo genitor. Como não engrenar ou participar ativamente do mundo do crime  vivendo nesse contexto familiar de crimes cometidos por um pai?

Diante dessa triste realidade, ver-se os inúmeros comentários postados nas redes a respeito dessa morte tão prematura, observo que as pessoas descontam a sua raiva com a atual situação da insegurança de nosso País de nosso Estado e de nossa região  nesse menino que cometeu tantos crimes e morreu por causa deles. Muitos explanaram seus desejos de verem todos os adolescentes infratores mortos, ou expuseram em suas falas que o menino já ia tarde, outra colocação que incomodou- me foi a linguagem usada em algumas matérias onde o menino era chamado de delinquente.

De acordo com a matéria anterior a essa onde é abordada toda a história que trata das leis de proteção a criança e adolescente em conflitos com a lei, abordou-se todas as medidas tomadas quando o adolescente comete crimes, assim como ao longo dos anos a nomenclatura usada seja juridicamente ou pelo senso comum para adolescentes infratores também foram mudadas.

Um exemplo dessa mudança é que no primeiro Código de menores de 1925 a criança e o adolescente eram tratados e chamados de deliquantes, mas em um contexto social do que mesmo a atos criminosos. De acordo com o dicionário a palavra delinquente significa, assassino, celerado, criminoso, facínora, homicida, malfeitor, matador, sicário, importante ressaltar que a palavra sicário significa matador, pessoa que é contratada para realizar um crime por dinheiro.

Se formos analisar dentro do vocabulário onde esse ADOLESCENTE, e não DELINQUENTE se encaixa, eu diria que em nenhuma. Sim sua definição eu daria ao que ele exatamente foi, um adolescente em conflito com a Lei, assim como preconiza o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Muitos dirão que estou defendendo bandido, e já respondo. NÃO. 

Defendo sim aquilo que deveria ter sido feito para que essa criança não ter tido esse triste fim. Defendo ,Sim se pensar em defesa de crianças e adolescentes, onde estavam as políticas públicas responsáveis para que isso não acontecesse? onde estavam os conselhos de direitos de proteção a criança e adolescente? Onde estava a sociedade em sí quando viram que essa criança estava sendo criada em um ambiente de crimes?

Agora acusar, gostar desse fim trágico e não culpabilizar ninguém e sim o adolescente é fácil. Não estou culpando o município em sí, estou indignada por que essa é a realidade em um contexto geral, enquanto Brasil.

Mesmo fazendo parte de uma política de Assistência social, onde também temos no seu contexto de proteção a criança e adolescente equipamentos de proteção social básica, como da proteção social especial, afirmo que a Assistência não conseguirá segurar essa problemática nas costa, pois os governantes ainda não reconheceram que a política de Assistência é tão importante como as outras políticas públicas para transformar e mudar essa triste realidade de crianças e adolescentes   inseridas no mundo do crime.

Sol Rocha.

FONTE
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