sábado, 2 de junho de 2018

O TRABALHO INFANTIL NO BRASIL UMA REALIDADE TAMBÉM EM NOSSO MUNICÍPIO.

TRABALHO INFANTO JUVENIL UM PROBLEMA CARREGADO DE MITOS, E SOBRECARREGADO POR A QUESTÃO SOCIAL E CULTURAL



O trabalho infantil é considerado pelas  organizações que trabalham com a proteção integral dos direitos das crianças e adolescentes uma violação de direitos e  precisa ser combatida. São muitas as questões e os motivos que levam crianças e adolescentes a trabalharem: como pobreza o desemprego dos responsáveis pelo núcleo as questões culturais onde se encontra enraizada no meio familiar, como se o trabalho fosse motivos de honradez. 

No Brasil é considerado Trabalho infantil toda forma de trabalho realizado por crianças e adolescentes abaixo da idade mínima permitida, de acordo com a legislação vigente no país. De Acordo com o Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador / Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil (CONAETI) O termo “trabalho infantil” refere-se, às atividades econômicas e/ou atividades de sobrevivência, com ou sem finalidade de lucro, remuneradas ou não, realizadas por crianças ou adolescentes em idade inferior a 16 (dezesseis) anos, ressalvada a condição de aprendiz a partir dos 14 (quatorze) anos, independentemente da sua condição ocupacional. Para efeitos de proteção ao adolescente trabalhador será considerado todo trabalho desempenhado por pessoa com idade entre 16 e 18 anos e, na condição de aprendiz, de 14 a 18 anos, conforme definido pela Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998.
          
Os primeiros relatos do trabalho infantil no Brasil ocorreram na época da escravidão, que perdurou por quase quatro séculos no País. Os filhos de escravos acompanhavam seus pais nas mais diversas atividades em que se empregava mão de obra escrava e exerciam tarefas que exigiam esforços muito superiores às suas possibilidades físicas. O início do processo de industrialização, no final do século XIX, não foi muito diferente de outros países no tocante ao trabalho infantil. Em 1990, do total de empregados em estabelecimentos industriais de São Paulo, 15% era formado por crianças e adolescentes.

A CAMPANHA 2018 DE COMBATE AO TRABALHO INFANTIL 

A campanha  do Dia de Combate ao Trabalho Infantil (12 de Junho) de 2018 tem como tema as piores formas de trabalho infantil. O mote é "Não proteger a criança é condenar o futuro."

Milhões de crianças e adolescentes trabalham em atividades definidas como piores formas de trabalho infantil. Essas atividades são proibidas para pessoas com menos de 18 anos, por causarem prejuízos graves ao desenvolvimento pleno de meninas e meninos, podendo causar acidentes e até levar à morte.


As piores formas estão listadas no Decreto 6.481/2008, que implementa no Brasil a Convenção 182 da OIT. Entre as piores formas estão atividades na agricultura, o trabalho doméstico, o trabalho informal urbano, o trabalho no tráfico de drogas e a exploração sexual. Todas comprometem o direito à vida, à saúde, à educação e o pleno desenvolvimento físico, psicológico, social e moral de crianças e adolescentes.

O ESTADO DO CEARÁ TAMBÉM É CONTRA O TRABALHO INFANTIL 

De Acordo com a  Associação dos Municípios e Prefeitos do Estado do Ceará (APRECE) o Ceará conseguiu reduzir pela metade, nos últimos cinco anos, os casos de exploração de trabalho infantil. Em 2009, eram 293 mil crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, trabalhando de forma irregular. Em 2014, esse número foi reduzido para 146 mil, tirando o Estado da terceira para a 16ª posição no ranking dos estados brasileiros com maior incidência de exploração de trabalho infantil.

Segundo ainda o site da APRECE os dados são da última Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (Pnad) e foram divulgados pelo Tribunal Regional do Trabalho do Ceará para lembrar o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, comemorado em 12 de junho.

Para uma das coordenadoras do Programa de Combate ao Trabalho Infantil da Justiça do Trabalho (PCTI), desembargadora Regina Gláucia Cavalcante, apesar da redução do número de crianças trabalhando, a situação ainda é preocupante. “Ainda são muitas crianças em situação de trabalho. Nosso compromisso é com a erradicação de toda forma de exploração de mão de obra infantil,” enfatizou.

Segundo a magistrada, o argumento de que é melhor deixar a criança trabalhar do que ficar na rua e de que elas estariam aprendendo o valor do trabalho desde cedo é um equívoco. “Infelizmente muitos pais ainda têm esse pensamento, mas o trabalho precoce prejudica muito a formação educacional, física, psicológica e, principalmente, afeta a capacidade laborativa”, explica a desembargadora.

• 08/06 - Lançamento formal da Campanha, com participação dos municípios. Haverá a entrega de 100 mil panfletos e 10 mil cartazes

•  Durante todo o mês, e principalmente durante a semana de 11 a 15/06, serão mais de 500 atividades em todo o estado, principalmente nas escolas que desenvolvem o Projeto Peteca

A CAMPANHA MUNICIPAL DA CIDADE DE NOVA RUSSAS ESTÁ SENDO REALIZADA COM VÁRIAS AÇÕES QUE ANTECEDEM O DIA 12 DE JUNHO QUE É O DIA NACIONAL DE COMBATE AO TRABALHO INFANTIL .

A Coordenadora do AEPETI  de Nova Russas Nilderlania Sampaio que também é professora está realizando no município uma jornada de palestras nas escolas municipais e Estaduais. O rodízio de palestras nas escolas da Sede e dos principais distritos de Nova Russas estão sendo realizadas desde a última semana do mês de maio por profissionais da área Saúde, da Educação e da Assistência Social, trabalhando a agenda  intersetorial  a temática da Campanha 2018 que é “ NÃO PROTEGER A CRIANÇA É CONDENAR O FUTURO.”

Os profissionais envolvidos nessa luta com essas informações sobre as consequências negativas do trabalho infantil na vida de crianças e adolescentes do município de Nova Russas são, professores, psicólogos fisioterapeutas, assistentes sociais dentre outros que levam a informação do que é realmente o trabalho infantil.

As dificuldades e os desafios para a coordenadora do AEPETI, assim como para os profissionais do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS)  são os mesmos que ocorrem em qualquer outro município Cearense, pois a sociedade em sí está enraizada com as questões culturais no que diz respeito a criança e o adolescente iniciar os   trabalhos laborais na mais tenra idade.

Assim como Palestras será realizado até o dia 12 de maio BLITZES educativas no centro da cidade e na feira livre da cidade, aliás o local onde dentro do município existe a maior incidência de crianças e adolescentes em situação de trabalho infanto juvenil.
A mobilização ainda contará com uma caminhada pelas principais ruas do centro comercial da cidade dentre outros eventos que estão muito bem planejados pela coordenadora do programa no município Nilderlania Sampaio.

Outra ação inédita para chamar a população para discutir e alertar a mesma sobre a temática do trabalho infantil é a primeira audiência pública que será realizada no dia 06 de junho no auditório da CDL do município, onde contará com a presença de autoridades como o promotor público responsável pela comarca de Nova Russas o excelentíssimo promotor Dr. Francisco Ivan de Sousa, assim como o prefeito Rafael Holanda Pedrosa, chefe de gabinete Denilson dentre outras autoridades previstas nesse grandioso evento.





GALERIA DE FOTOS DE PALESTRAS CONTRA O TRABALHO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE NOVA RUSSAS.








 NOTA DA AUTORA:

O Trabalho Infantil em nosso município é sem dúvidas um dos maiores desafios enfrentados por a equipe de abordagem social, assim como para mim como profissional da política de Assistência Social do município.
Trabalhar com essa problemática nos remete a pensamentos e questionamentos em cima de uma questão que pra muitos cidadãos daqui de Nova Russas soa natural, pois eu mesma fui uma adolescente que tive que trabalhar para ajudar em casa, e que hoje eu sei que se não tivesse sido necessário eu trabalhar na adolescência eu teria me formado muito mais cedo e não tão tardiamente, e é essa consequência e esse contexto social que nos deparamos quando abordamos essa temática.  E tentar sensibilizar esses cidadãos que criança não pode trabalhar é quase uma missão impossível, mas é sem sombra de dúvidas importante informarmos sensibilizarmos e garantir que essa criança e esse adolescente possam viver cada etapa de suas vidas de forma correta para que elas possam  ter um futuro melhor e com maiores expectativas através dos estudos e da educação. 

Sol Rocha.
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